Nunca Mais Soluce ou O Susto Enorme de Uma Garota Ingênua Partes I & II

Tenho um amigo chamado Luiz, meu colega de apelido... não lembro mais quando começou, e acho que nunca entendi realmente o motivo, mas para o Luiz, eu sou Johnny, e o Luiz é Johnny para mim. Creio que a maior parte das pessoas lendo este blog conheça o Luiz também, mas, assim como todos seus amigos de pelo menos 4 anos atrás, sei de um detalhe um tanto quanto pessoal sobre meu amigo Johnny/Luiz.

Se a memória não me falha, conheço o Johnny há cerca de oito ou nove anos, o que, para alguém de 25, é muito tempo. Durante boa parte desses oito ou nove anos, por motivos que até hoje não se tornaram claros, ele sempre fez questão de deixar claro que era, digamos, bem dotado. Agora, por "deixar claro" não quero dizer da forma tradicional, que é mentir e exagerar seus dotes para compensar o terrível senso de inadequação e insuficiência que todo homem sente em relação ao próprio pênis (também conhecido como O PAU, denominação que irá prevalecer durante o resto do texto). O que quero dizer com "deixar claro", no caso do Luiz, é mostrar, frequentemente, o pênis (também conhecido como O PAU DELE, como será chamado pelo resto do texto. Na verdade, para ser engraçado, vamos chamar o pau dele de Alcebíades, porque sempre quis escrever um texto com um personagem chamado Alcebíades, e a chance só apareceu agora).

Enfim, o Luiz curtia expor o Alcebíades ao escrutínio alheio, e, confesso, tornou-se um expert em achar os momentos mais inusitados e improváveis para fazê-lo. Sendo assim, não dava para prever quando ouvir Ô Johnny resultaria em algum comentário engraçado ou um convite para ir beber, quando deveria sair correndo pois assim que virasse para perguntar O que foi?, daria de cara com o Johnny e o Alcebíades, um pendurado pra fora da calça do outro, e acho que dá pra adivinhar qual estava pendurado pra fora da calça de qual, pois apesar do Alcebíades ser razoávelmente gigantesco, não tem um metro e oitenta...

Bom, esses três primeiros parágrafos foram, essencialmente, só para tentar explicar que sei que o pau do Luiz é grande, sem parecer mais viado do que o absolutamente necessário. Espero que tenha sido bem sucedido, pois caso contrário gastei centenas de palavras a toa, e ainda terminei parecendo uma bicha que fica encarando o pau do amigo.

Em suma, o Alcebíades é grande, bem grande, fato que o Johnny sempre frisava, nos raros momentos que o pudor impediam Alcebíades o cíclope de sair para passear, respirar novos ares, ver novas paisagens, enfim, tentar entrar em contato com o que é sua essência Alcebidíaca, quando fora da cueca.

Uma noite, estavam várias pessoas na casa de um amigo meu, inclusive o Luiz apesar de ser um grupo de amigos meus que o Luiz interagia pouco... Sábado à noite, bebendo, fumando, jogando conversa fora, e, por acaso, estavamos apenas eu, o Luiz, uma amiga minha, carioca, que se chama Bárbara, mas que, por motivos éticos, vamos chamar de Arlete, e uma outra amiga minha, que se chama Renata, mas que vamos chamar aqui de Valdirene. Em determinado momento, não lembro ao certo por qual razão, veio à tona quem era Alcebíades, e que suas dimensões eram ligeiramente estarrecedoras (o Luiz até hoje bate o pé que eu que falei, mas não lembro disso).

Arlete não perdeu a oportunidade, e exigiu que uma prova concreta fosse produzida, imediatamente, momento que Valdirene escolheu para murmurar algo como, Ah, não, tô fora, e sair da sala.

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A segunda metade deste texto tá no blog do Luiz... chama O Genuíno
No fundo eu acho que isso é truque dele para roubar leitores, mas a idéia de um joint-venture interblog é até quase inédita e razoávelmente divertida... daqui a uns tempos eu coloco o texto todo aqui, mas por enquanto, entrem n'O Genuíno para lerem o resto.
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Bom, agora que o resto sumiu da página principal do Genuíno, não vou fazer ninguém fuçar nos Archives de lá... tá aqui a segunda parte...


Luiz levantou.

Parou.

Levantou.

Parou.

- Johnny, mostro?

- Mostra, sô! Arranca pra fora aí, larga de frescura, respondi.

- Não, não vou mostrar, disse Luiz, momento no qual Arlete decidiu se manifestar, reunindo toda sua carioquice em um desafio...

- Apossssto que é PEQUENO.

Ah. Erro fatal. O Luiz é um sujeito razoávelmente calmo, equilibrado (hmmm... é o mesmo Luiz que conheço?) mas ao ouvir tal acusação, tal ABSURDO, não teve dúvidas.

Sentado onde estava, vi o seguinte:

1. Luiz levantando, ficando de costas para mim.

2. Arlete rindo e olhando, alternadamente para mim e para onde sairía em breve o Alcebíades, acontecimento o qual, claramente, ela não considerava como possível.

3. Um movimento repentino por parte do Luiz.

4. Um desenho animado, onde os olhos da Arlete pularam pra fora das órbitas, o queixo caiu no chão e a língua rolou pra fora igual um tapete vermelho.

5. Um sonoro VIU? por parte do Luiz.

6. Um tímido balançar afirmativo de cabeça por parte da Arlete, que, há essa altura, já havia recolhido a língua e o queixo do chão.

7. Um movimento calmo de recolhimento por parte do Luiz.

8. Um sorriso de vitória estampado em toda sua glória na cara do Luiz, enquanto eu tentava identificar de a fonte da gargalhada descontrolada e Barulhenta, mais tarde identificada como o Johnny, mas não o Johnny Luiz, o Johnny Eu Mesmo.

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