Formular opiniões de forma racional e ponderada, seguindo uma moral própria acompanhada de uma filosofia pessoal de vida é tão entediante quanto se masturbar lendo a Bíblia. Bem mais atraente é decidir lá, na bucha, o que você pensa sobre determinado assunto.
Além de economizar tempo, permite ajustar suas opiniões para ofender um número maior de pessoas. Explicar para um grupo de feministas que você defende o aborto por ser direito da mulher controlar seu próprio corpo não gera nada interessante para contar depois. Mas tente argumentar, com o mesmo grupo, que se Deus quisesse que mulheres trabalhassem, não as teria feito tão emocionais e pouco objetivas. É de momentos como esses que são feitas as memórias.
Esse tipo de flexibilidade ideológica permite adequar seu discurso para fazer inimigos e irritar pessoas, mas pode tão facilmente te ajudar a fazer uma mesa inteira cair na gargalhada; as possibilidades de defesas hilárias para defender algo são maiores quando você não leva nada a sério.
Aliás, levar coisas a sério é sempre uma furada. Levar coisas a sério nunca trouxe qualquer benefício à humanidade, muito pelo contrário. Pessoas sérias e com opiniões formadas sobre assuntos importantes trazem atrocidades ao mundo, como o holocausto, terrorismo, guerras santas e cientologia. Pessoas sérias são um saco, não têm senso de humor e sempre matam qualquer conversa divertida.
Imagine como o mundo seria diferente se, por exemplo, Eichmann e Hitler tivessem sido mais descontraídos?
– Eich, – diria Hitler, – acho que está na hora de enchermos os trens.
– Ja wohl, mein Führer! Mas não se esqueça... – diria Eichmann, sorrindo contente.
– Sim?
– Sabia-que-todo-viado-é-surdo? – cochicharia, embolado, Eichmann, contendo a risada.
– O que? Não ouvi bem. – responderia o Führer, perplexo. De repente, diante das gargalhadas de seu Obersturmbannführer, compreensão passaria pelo rosto do ditador alemão, que, por sua vez, cairia também na gargalhada.
Aí eles iriam a um boteco qualquer tomar schnapps de cereja e rir da vida, ao invés de sairem matando judeus e russos, e o mundo seria um lugar melhor. No mínimo seria um lugar sem um filme chato por ano sobre o holocausto.
Pãos ou pães
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7 comentários:
Realmente. Blog só serve para que qualquer um saia por aí espalhando opiniões completamente desinteressantes como se alguém se interessasse.
Arbeit macht frei!
Quem é esse Mario?
Se necrofilia x pedofilia ganhar, exijo um tratado sobre a questão que atormenta a humanidade há anos: se você enraba uma criancinha morta, é necrofilia e pedofilia?
Short and sweet, hein Matias? Depois de uma semana coçando o saco você inventa um blog na bucha... sobre inventar opiniões na bucha! Genial!
Quanta merda.
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